segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Réquiem

Em cores reais se comemora
o luto das desavenças sem préstimos
O que seria da passarela já determinada
sem a parceria dos estranhos de outrora?
Espumantes de palavras bem tratadas
Degustamos como se tudo fosse embora,
Mas não, não será jamais a partida em vida
se nem o repouso eterno apagará seu sopro afora
não apagará.

Então utilizo este Meio frio para vomitar o que transborda, que é bom.
Porque as letras - que formaram signos - em junção de ontem, tapou lacunas.
Pois ''eu só tenho minha família, minha esposa que eu amo, minha filha e você''.
E mesmo que pequenas rachaduras, das lacunas então, ainda transpareçam, eu sei o quanto é verdade.
Utilizo este Meio frio para expor o choro em alegria do ''Eu te amo'' na escuridão calada.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pertubação

Paralítico no berço quente ao norte
Anseio
de mundo

Soma-se poucos anos para o crescimento forte
onde o menino possa andarilhar
sem dor de volta ao gesto nômade

Serrem as pernas ou as entorte
mas troquem o brinquedo
de canções aborrecidas ao longo do enforque

Daqui tempos vacilantes não mais
aqui
Pois daqui não mais será
mesmo que o berço o acompanhe por entre a sorte