quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Só quando estou

Se essas horas chegam
eu não quero mais
Nesses minutos de choro
com dor de antecipação

E o medo do isolamento
Os ambientes vagos
com psicanálise desenhada
Nessas horas que chegam

Se essas horas chegam
Automático tédio
Insuportável sabor de tanino
e as seqüelas me acompanham

Caixa Postal

Recordei os meus amores
Num quarto de hotel
No quarto de amiga
Naquele maio de Londrina
E o acaso que é de Minas
Agora escreve em Campinas
A publicidade Umuarama
Os convites de viagem sacana
O quarto de amiga? é Cianorte
Criança quente foi por sorte
Num palco agora deve estar
Um passageiro de Curitiba
Quando a noite foi em família
Escapei pro sexo Brasília
Foi tanto os meus amores
Deixei partir sem despedidas
Num próximo encontro de flores
Muda a caixa postal e medidas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Isso o que é

Esse vinho da madrugada
esse homem deitado esquadro
uma mulher no quarto ao lado

As teclas pretas pausadas
um século XXI já usado
folhas frescas enlatadas

Um dicionário desorganizado
igualado a vida enquadrada
e eu não entendo mais nada.

sábado, 9 de agosto de 2008

Sr.

Ontem o Monteiro se foi
Ao encontro dos anjos
No monte frio distante
Deixou o Monturo e seguiu ao inviolável
Deixou os três mosqueteiros e seus motivos.



Ao amigo Rafael Monteiro.

Não diz para ele não

Meu irmão não é peão
não é Maria não é João

Meu irmão não é coronel
Não é vinagre nem mel

Viu! moço! escuta aqui
Não sei o que meu irmão é não

Mamãe num quer saber disso não
Papai nem imagina isso não

O negócio dele é diferente
Olha! é só entre a gente

Mas o que passa na mente
Que é do seu moço que ele sente.

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