domingo, 30 de janeiro de 2011

Perdoe-me a incoerência
se te peço para sentar e levantar
em minutos de sequência
é só porque preciso gozar

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estive eu pensando na vida. Nas suas guilhotinas, nos seus buquês. Estive eu sentado na rocha mais que pública, onde como a vida é de todos. Estive matematicamente analisando os sorriso dos mais próximos, daqueles mais calorosos. Então pensei nos porquês dos fins provocados. Chorei pelos privados de despedidas. Chorei pelos úteros que concebem e, que por fim, sem mais ou menos ou até mesmo por alguma divisão, se desprendem. Estive eu pensando na vida. Já em pé e com os olhos nos despelados, naqueles que sofrem frio, vi que nada temos além de honra. Não há mais lembrança do pó.

Folhetim a dois

Dê tempo a história que se inicia. Está no começo, então não tente escrevê-la somente com suas mãos.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Quando nasci o amor disse que daria um passeio.
Acho que ele se perdeu no caminho de volta.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meus

por todos os esgotos que já beijei
por todos as porras que já tomei
e na abertura do que tem lá trás
a volta dos paus que já chorei
e nesse véu de passado há o mais
o primeiro do hábito que provei
por todos os buracos que já me enfiei
por todos os jeitos que me entreguei
e não, eu não quero saber de paz
apenas do modo velho em que me tornei
por todos os santos em que me dei
por todos os cavalos com quem trepei

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pau (lo)

De início ficaram seu tato nos bolsos desses jeans
numa presença morna que, não nego, atentei sim
agora o que instiga é o cheiro cinza dos teus mistérios
e até seus falsos olhos pagos não são nada além de sérios
Foi então o que sobrou para mim, artefatos dos seus sinceros.