quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Rainha da Maldade II

A saudade vai bater, sim vai
chorar eu sei que vou
e não há mais clara esperança

A saudade vai bater, eu sei que vai
recusar eu sei que vou
é tristeza e pé no chão

A saudade vai bater, ainda vai
feliz será o difícil
pois sou sofrimento de quem ama

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Antes de deixá-lo ir

Talvez seja preciso deixá-lo ir desta - definitiva - vez. O tanto devido me importei, senti. São minhas religiões. Talvez seja preciso deixá-lo ir. Tentei, roguei. São minhas permissões. O que fiz desde então? Não sei. Não encontro o ponteiro convicto da nossa direção, então posiciono a agulha com o próprio dedo. Sem certeza, sem confiança. Mas o que posso fazer? O que se deve esperar? Não sei se é melhor tê-lo na folga do teu abandono ou se é melhor nunca mais. Não sei se é melhor insistir ou se devo desistir. Não sei como andar nesse deserto, sem bússola, sem verdes. Por isso, me sinto no desconforto do episódio. Sem saber se o rumo certo foi apontado. Peço, não deixe de se preocupar, sempre. Perceba a dificuldade em saber o que será bom daqui pra frente. Os costumes, hábitos, os ícones e os símbolos talvez não sejam os mesmos. O pulsar que convida o choro pode ser mais intenso (como tem sido nos últimos dias) e a muralha de areia poderá nunca descansar. Não estou bem, mas talvez seja preciso deixá-lo ir ou precise ainda mais de você, meu irmão.