CASCAS DE LETRAS
quinta-feira, 28 de junho de 2012
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
“Desejo é uma palavra com a vivez do sangue”
Ver-te em meias vestes é
tão flor vermelha
de botos nus
Na ponta um orvalho de
desejo
de botão
Ver-te assim de meia
pétala a despertar
em mim
No abocanho de onde a
jura vem
de tão vermelha
“Porque o instante arde
interminável. Deverias crer?”
Ver-te em vão não é então
de ver
Vermelho
Na inocência rosa flor
que és
de um segundo
Ver-te a meia volta o seu
dobrar
Insatisfeito ver
Na verdade só para tê-lo
tão vermelho
“Sobre o teu sexo.
Deverias crer?”
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Viagem
Já subi em meu navio
e dele não saio não
Eles me gritam do porto
mas eu nunca mais
Vou sem roupa descalço
vou só de passaporte no coração
Avisa aos meus que volto em vão
mas não tenho hora não
Sigo paciente e navego assim
dormindo no peito do meu navio
sem atento ao vento forte tempestade
e de olhos no azul de a mar em mais
e dele não saio não
Eles me gritam do porto
mas eu nunca mais
Vou sem roupa descalço
vou só de passaporte no coração
Avisa aos meus que volto em vão
mas não tenho hora não
Sigo paciente e navego assim
dormindo no peito do meu navio
sem atento ao vento forte tempestade
e de olhos no azul de a mar em mais
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Doce Lar
Abra-me como uma ladrão sagaz
para roubar meu branco de paz
com todo alvoroço dos teus anos
crús
Mas deixe vestígios teus em meus redutos
Sabes que nele vive um jovem puto
que arde por cortejos neste canto
que é a tua casa, teu lugar
para roubar meu branco de paz
com todo alvoroço dos teus anos
crús
Mas deixe vestígios teus em meus redutos
Sabes que nele vive um jovem puto
que arde por cortejos neste canto
que é a tua casa, teu lugar
sábado, 9 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
romA
Homem
ele é todo seu
de quatro, de carne
de todos os cantos
de romA
Homem
o que dele tem
o que há demais
nesses versos
de romA
ele é todo seu
de quatro, de carne
de todos os cantos
de romA
Homem
o que dele tem
o que há demais
nesses versos
de romA
sexta-feira, 24 de junho de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Barbie Disfarçada
Ah, suas porta-joias verdes. Seu rostinho bonito. Seus cabelos mel
Aí eu te abro
Ah, sua porta-bandeira enfraquecida. Seu pudor repulsivo. Sua mente lixo
Aí eu te fecho
Aí eu te abro
Ah, sua porta-bandeira enfraquecida. Seu pudor repulsivo. Sua mente lixo
Aí eu te fecho
segunda-feira, 28 de março de 2011
A Mãe
O que a mãe pedia era só um pouco de atenção
mas ela era ocupada demais na escalada do pico
A mãe desejava só um beijo e um abraço
mas ela mal tempo tinha pros pobres de cabaço
A mãe só queria poder aquilo de novo
mas ela precisava o sustento o pão o ovo
a mãe queria da filha o que agora lhe falha
e não se conformava em ser aquela puta velha
mas ela era ocupada demais na escalada do pico
A mãe desejava só um beijo e um abraço
mas ela mal tempo tinha pros pobres de cabaço
A mãe só queria poder aquilo de novo
mas ela precisava o sustento o pão o ovo
a mãe queria da filha o que agora lhe falha
e não se conformava em ser aquela puta velha
sábado, 26 de março de 2011
Meus Homens Meus Fins
Avisaram no cinema que o mundo ia se acabar
Tratei ali mesmo de escolher os homens a amar
homens sem terno, homens sem nada
homens de bamba, que são do samba
homens pintados, homens pintudos
homens de versos, de vírgulas e prosas achadas
homens quadrados, homens chatos
homens de cérebro, homens de fato
homens sem vaidade, homens de loucura
homens que choram, homens que curam
Avisaram no cinema que o mundo ia se acabar
Tratei ali mesmo de ver que não há homem de amar
Tratei ali mesmo de escolher os homens a amar
homens sem terno, homens sem nada
homens de bamba, que são do samba
homens pintados, homens pintudos
homens de versos, de vírgulas e prosas achadas
homens quadrados, homens chatos
homens de cérebro, homens de fato
homens sem vaidade, homens de loucura
homens que choram, homens que curam
Avisaram no cinema que o mundo ia se acabar
Tratei ali mesmo de ver que não há homem de amar
domingo, 20 de março de 2011
O Nada
É no silêncio tardio desses dias que o poeta chora de saudade
e a saudade, não inquieta, nada quer além do desejo
o desejo é tão direto que só requer a carne sem maldade
e nem a carne vem ao poeta no silêncio tardio desses dias
e a saudade, não inquieta, nada quer além do desejo
o desejo é tão direto que só requer a carne sem maldade
e nem a carne vem ao poeta no silêncio tardio desses dias
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Dobradinha
Vem, meu jovem rapaz
me presenteie com essa mocidade voraz
Vem com seu pênis melhor
molhar os meus hábitos de cor
Vem, minha jovem donzela
me apresente os lábios da sua aquarela
Vem com sua abertura certa
infiltrar onde sente que me aperta
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